Fundepar recebe selo nacional por programa Mãos Amigos 24/11/2020 - 14:43
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional – Fundepar recebeu o Selo de Nacional de Responsabilidade Social pelo Trabalho no Sistema Prisional (Resgata). O certificado, concedido pelo Departamento Penitenciário Nacional, é um reconhecimento à oferta de atividades profissionais a detentos. Outras 21 instituições do Paraná também foram reconhecidas por empregarem mão de obra de apenados e egressos do sistema prisional.
A certificação é consequência das atividades do Mãos Amigas, que utiliza detentos para conservação e manutenção de espaços escolas e de imóveis do patrimônio público pertencentes à Secretaria de Estado da Educação e do Esporte. “Estamos muito contentes por esse reconhecimento, da importância de podermos contribuir para sociedade, em que ganham as escolas e os apenados”, destacou o diretor presidente da Fundepar, Alessandro Oliveira.
O programa acontece em de parceria entre a Fundepar, Departamento Penitenciário (Depen) da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Paranaeducação. “É um estímulo para a ressocialização dos apenados ao mesmo tempo que ele se insere no processo produtivo. E também há uma economia feita pelo o Estado ao utilizar essa mão de obra”, comentou o diretor geral do Depen, Francisco Caricati.
Criado em 2017, o selo busca incentivar e reconhecer a responsabilidade social das empresas, órgãos públicos e empreendimentos de economia solidária que contratam pessoas apenadas ou egressas do sistema prisional. O selo tem ainda o objetivo de divulgar empreendimentos e organizações que apoiam a causa, de forma a promover e incentivar novas adesões.
Além do Instituto Fundepar, outras organizações públicas receberam o Selo Resgata: a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná, as Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa), a Prefeitura de Londrina e a Fundação de Esportes de Londrina.
ECONOMIA - O Mãos Amigas Estimativa do programa apontou uma economia de R$ 9 milhões desde a sua implantação do em 2012 até o ano passado. Já passaram mais de 600 presos e o índice de reincidência é zero.
Ainda há uma economia de recursos públicos uma vez que cada dia trabalhado reduz o tempo do apenado no sistema prisional. Os presos estão em regime semiaberto (trabalham ou estudam fora, mas dormem na prisão). Além disso, há custo reduzido na mão de obra e na aquisição de materiais para o programa.
O programa já foi ampliado e está presente para atendes instituições de ensino em Curitiba e Região Metropolitana, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Francisco Beltrão, Cruzeiro do Oeste, Cascavel e Maringá. Em 2020, mais de 30 escolas já foram atendidas. Desde 2012 já aconteceram 500 intervenções em prédios escolares e públicos.