O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional – Fundepar realizou nesta terça-feira (19) o lançamento do Plano de Implantação do BIM, documento que reúne e estabelece as diretrizes para implantação do BIM, metodologia colaborativa que tem como pilares: processos, pessoas e tecnologias. Com base no BIM, os processos de desenvolvimento de projetos de edificações escolares, de análise e revisão de contratações, modelos de gestão e fiscalização das obras do instituto serão revistos, atualizados e modernizados, migrando do CAD, método até então utilizado, para o BIM, exigido para a entrega dos novos projetos, de acordo com o Decreto Estadual n.º 10.086/2022.

Entre as vantagens da adoção do BIM estão a economia de recursos e de tempo, a melhoria dos processos, da rastreabilidade, da qualidade, além de minimizar a possibilidade de erros nas obras.

O diretor-técnico de Engenharia do Fundepar, Marcello Albuquerque, abriu o evento de lançamento do Plano BIM, que ocorreu no auditório do Instituto, em Curitiba, destacando o caráter inovador da iniciativa. "Recentemente o Fundepar participou de um evento no exterior e podemos dizer que somos pioneiros nessa metodologia. Há país de primeiro mundo que não tem nem sinal ainda de implantar o BIM. Estamos na vanguarda”, disse ele em sua fala.

A diretora do Departamento de Gestão da Inovação para Planos, Projetos e Obras (DGI) da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (SEIL), Lorreine Vaccari, também esteve presente representando o Laboratório BIM do Paraná (LaBIM-PR), vinculado a SEIL, que é referência em Pesquisa & Desenvolvimento, capacitação em BIM de servidores públicos no Estado e no apoio à implantação do BIM para projetos e obras públicas. “Nesse contexto, o LaBIM configura-se como o principal parceiro institucional do Fundepar na adoção gradual do BIM, fornecendo apoio técnico e assegurando o processo de aculturamento para que a adoção da metodologia ocorra de forma consistente”, explica Vaccari.

O diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação (Seed), João Luiz Giona Junior, representando o Secretário da Seed, Roni Miranda, enfatizou o impacto do Plano BIM. “Essa implantação é uma verdadeira revolução silenciosa em gestão de obras públicas. O impacto em orçamentação, qualidade dos projetos, fiscalização, gestão dos contratos e, depois, na gestão dos imóveis, na manutenção, enfim, é impressionante o potencial que temos com essa implantação e que estamos desenvolvendo com eficiência”, disse Giona Junior.

Encerrando as falas de abertura, a diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona destacou a importância da inovação tecnológica nos processos que envolvem as obras do Instituto. “É uma satisfação saber que o Fundepar está alinhado com as mais recentes metodologias, o que certamente qualifica ainda mais as entregas que realizamos e, não podemos esquecer, reflete em benefícios aos estudantes, que são o bem maior lá na ponta do processo”, comentou.

Ela também reforçou o compromisso de fortalecer e expandir a adoção do BIM, promovendo uma rede colaborativa: “a implantação da metodologia BIM exige uma articulação contínua e esforços colaborativos, com parcerias interinstitucionais entre órgãos estaduais, o que fizemos desde o início e buscaremos ampliar daqui pra frente”.

O evento seguiu com a apresentação detalhada do plano, pela coordenadora de implantação do BIM no Fundepar, Érika Karina Santos, e pela consultora do BIM no instituto, Priscila Simonelli Tucunduva. Elas explicaram que se trata de uma implantação gradual, com metas de curto, médio e longo prazo, e que o trabalho está compreendido em etapas, sendo que os próximos esforços estarão voltados à capacitação das equipes, ao projeto piloto e à operação assistida do modelo.

O Plano de Implantação e a Cartilha que resume as diretrizes podem ser acessados na área de Engenharia do site do Fundepar.

Mais sobre o BIM – BIM é a sigla em inglês para Building Informaton Modelling, ou Modelagem de Informação da Construção. A metodologia é um processo integrado e multidisciplinar que permite, por meio de automatizações, análises qualitativas e quantitativas mais precisas das futuras obras, obter informações coerentes e confiáveis para todo ciclo de vida do empreendimento.